Tom Burr
23 Março 2019 — 25 Maio 2019
Tom Burr
Hélio-Centricidades
23 Março 2019 — 25 Maio 2019

Na ocasião de sua primeira exposição no Brasil, o artista conceitual norte-americano Tom Burr apresenta um grupo de novos trabalhos produzidos durante sua estadia em São Paulo. Ao longo dos últimos trinta anos, Burr tem investigado a relação de seu próprio corpo com determinados locais, legados de personas históricas e formas de abstração. Baseando-se em dois elementos paralelos: os Metaesquemas de Hélio Oiticica e a casa modernista ocupada pelas auroras (ambos do ano de 1957), o artista estabelece relações entre “uma vontade construtiva” das formulações da Nova Objetividade e algo da experiência Minimalista e Conceitual estadunidense. A trajetória de Burr é marcada pelo uso de referências a figuras queer. Nesse caso, Burr escolheu Oiticica como a figura central para refletir sua própria subjetividade. Como Tom Burr declarou: “Eu estava curioso para pensar onde Oiticica termina e eu começo, ou onde eu termino e ele começa”.

Vistas da exposição
Fotografia: Ding Musa
Obras
Spatial Constraints #1, 2019
camiseta, páginas de livro e pinos de aço sobre madeira
61 x 61 x 5 cm
Spatial Constraints #2, 2019
camiseta, páginas de livro e pinos de aço sobre madeira
61 x 61 x 5 cm
Spatial Constraints #3, 2019
camiseta, páginas de livro e pinos de aço sobre madeira
61 x 61 x 5 cm
Spatial Constraints #4, 2019
camiseta, páginas de livro e pinos de aço sobre madeira
61 x 61 x 5 cm
Spatial Constraints #5, 2019
camiseta, páginas de livro e pinos de aço sobre madeira
61 x 61 x 5 cm
Spatial Constraints #6, 2019
camiseta, páginas de livro e pinos de aço sobre madeira
61 x 61 x 5 cm
Hélio-Screen , 2019
esmalte sobre madeira
200 x 300 x 20 cm
As águas de Março, 2019 (the plan of the house)
cobertor, tecido “blackout” e pinos de aço sobre madeira
183 x 183 x 8 cm
As águas de Março, 2019 (the body in bed)
cobertor, tecido “blackout” e pinos de aço sobre madeira
183 x 183 x 8 cm
Sobre o artista

Tom Burr (New Haven, Connecticut – 1963) estudou na Escola de Artes Visuais em Nova York e participou do Whitney Independent Study Program, onde estudou com Craig Owens, Benjamin Buchloh, Yvonne Rainer e Barbara Kruger entre outros. Durante esse período, Burr mergulhou nos escritos teóricos e práticas conceituais que expandiam seu próprio trabalho e pensamento. Em 1993, Burr foi convidado a participar de várias grandes exposições na Europa, incluindo a Sonsbeek ’93, com curadoria de Valerie Smith. Foi para a exposição de Sonsbeek que Burr criou uma de suas obras mais conhecidas “Um jardim americano”, uma recriação em escala de uma seção da Ramble do Central Park, e uma extensão direta dos escritos de Robert Smithson e o culminar de um conjunto de obras sobre parques públicos, paisagem e identidade masculina gay. O artista é conhecido por fundir formas de minimalismo com certas condições da história recente de Nova York, especificamente a guerra contra a sexualidade pública durante a crise da Aids. Suas obras são, em parte, formadas por esculturas, com espaços arquitetônicos fechados como barras, gaiolas e caixas. Estas obras, muitas vezes pintadas com uma paleta preta fosca, evocam espaços de controle e contenção, bem como as “zonas seguras” de culturas alternativas. Tom Burr vive e trabalha em Nova York. Exposições individuais selecionadas incluem Tom Burr/New Haven: Pre-Existing Conditions, Marcel Breuer Armstrong Rubber Building (New Haven, 2017); Surplus of Myself, Westfälischer Kunstverein (Munique, 2017); Gravity Moves Me, FRAC Champagne-Ardenne (Reims, 2011); Addict – Love, Sculpture Center (Nova York, 2008); Moods, Secession (Viena, 2007); Extrospective, Musée Cantonal des Beaux-Arts de Lausanne (Lausana, 2006); Deep Purple, Whitney Museum of American Art (Nova York, 2002). Este ano prepara uma grande exposição Wadsworth Atheneum Museum of Art, em Hartford. As suas participações em exposições coletivas incluem o Skulptur Projekte 2017 (Munique, 2017); Question the Wall Itself, Walker Art Center (Minneapolis, 2016); Béton, Kunsthalle Wien (Viena, 2016); Ordinary Pictures, Walker Art Center (Minneapolis, 2016); To expose to show, to demonstrate, to inform, to offer, Museum Moderner Kunst Stiftung Ludwig (Viena, 2015); The Present Modernism, MUMOK (Viena, 2014); Take It or Leave It: Institution, Image, Ideology, Hammer Museum (Los Angeles, 2014); Not Yet Titled, Museum Ludwig (Colônia, 2013); 12th Istanbul Biennial (Istanbul, 2011) and the Whitney Biennial 2004 (Nova York, 2004). Seu trabalho está presente em importantes coleções institucionais tais como a do Centre Pompidou (Paris); Hammer Museum (Los Angeles); Ludwig Museum (Colônia); MOCA (Los Angeles); MuMOK (Viena); Walker Art Center (Minneapolis) e do Whitney Museum of American Art (Nova York). Os escritos de Tom Burr foram incluídos em inúmeras publicações, incluindo Artforum; Texte zür Kunst, October, entre outros. “Tom Burr, Anthology: Writings 1991-2015” foi publicado pela Sternberg Press.