Lais Myrrha
01 Dezembro 2018 — 19 Janeiro 2019
Lais Myrrha
Estudo de um futuro construido
01 Dezembro 2018 — 19 Janeiro 2019

Depois de apresentar Estudo de Caso (2018) na 12th Gwangju Biennale, onde a artista equilibra duas colunas emblemáticas da arquitetura brasileira: àquela do Palácio Alvorada, de Oscar Niemeyer sustentada pela coluna da Fazenda Colubandê, no estado do Rio de Janeiro – um marco da arquitetura colonial; agora Lais Myrrha ocupa o auroras com uma nova etapa da coluna do Alvorada. Diferente da versão de Gwangju, onde as colunas tinham uma escala de 1:1, aqui as peças se conformam ao espaço, mantendo uma dimensão gigantesca.

Estudo de um futuro construído parte do interesse da artista pela arquitetura – principalmente relações com a arquitetura moderna brasileira – mas também, como é frequente em suas obras, uma correspondência dialética entre a potência construtiva e as ruínas. É evidente que as obras entendem a relação da arquitetura como formas de poder e dominação, e projeta uma dimensão histórica na formação de uma “identidade nacional”.

Cabe agora imaginar que tipo de futuro está sendo formado nesses moldes, e se essa construção já não é, desde sua fundação, um projeto insustentável.

Vistas da exposição
Fotografia: Ding Musa
Sobre a artista

Lais Myrrha  Mestre em 2007 e doutoranda desde 2015 pela Escola de Belas-Artes da UFMG, e graduada no curso de Artes Plásticas pela Escola Guignard, UEMG, 2001. Recebeu diversos prêmios tais como I Bolsa Pampulha (2003), Prêmio Projéteis, Rio de Janeiro (2007); o Prêmio Atos Visuais Brasília e a Bolsa de Estímulo às Artes Visuais (ambos agraciados pela Funarte também em 2007). Recebeu também um prêmio no I Concurso Itamaraty de Arte Contemporânea, Brasília (2011) e Prêmio Arte e Patrimônio, pelo IPHAN/Minc/Paço Imperial do Rio de Janeiro (2013).

 

Participou de importantes exposições como a 8º Bienal do Mercosul, Porto Alegre (2011); 18º Festival Internacional de Arte Contemporânea do Videobrasil (2013); Prêmio Marcantonio Vilaça no Museu de Arte Contemporânea de São Paulo (MAC-USP, 2015); 32º Bienal de São Paulo (2016); Avenida Paulista, MASP (2017) e da “Condemned To Be Modern”, parte do Pacific Standard Time: LA/LA, realizado pela Getty Foundation, Los Angeles, EUA. Em 2013 realizou a individual “Zona de Instabilidade” na Caixa Cultural São Paulo e Brasília (2013/2014). Instalou o “Projeto Gameleira 1971” no Pivô, em 2014.