Carmela Gross
01 Dezembro 2018 — 19 Janeiro 2019
Carmela Gross
Real People Are Dangerous
01 Dezembro 2018 — 19 Janeiro 2019

Inundando o auroras com uma luz vermelha, a frase Real People / Are Dangerous (2008-2018) feita em neon e estrutura metálica é dividida em duas partes. Na primeira concepção dessa obra, a artista paulista Carmela Gross, havia projetado a frase para a cidade com lâmpadas tubulares em duas passarelas na Nova Zelândia. A descontinuidade espacial entre essas duas passarelas possibilitava uma amplitude no sentido geral da frase. No entanto, só foi permitido concluir metade do projeto. Seu sentido completo foi, na ocasião, resgatado num conjunto de dois pôsteres.

Para essa nova instalação, as duas frases são transportadas para dentro do espaço privado; aproximadas numa curta distância, mas ainda separadas em duas paredes contíguas e perpendiculares. Diferentemente do espaço público, a sentença aqui parece assumir um tom subjetivo, iluminando um espaço interno. A relação mais direta entre essas duas sentenças acaba por indicar uma leitura afirmativa, refletindo a retórica do medo que domina e controla muitos aspectos da vida contemporânea.

Vistas da exposição
Fotografia: Ding Musa
Real People Are Dangerous, 2008-2018
Sobre a artista

Carmela Gross (São Paulo, 1946) é professora e artista plástica.  Possui graduação em Artes Plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado (1969), mestrado e doutorado pela Universidade de São Paulo (1981, 1987). Realizou individuais nas mais importantes instituições do Brasil, como o Museu de Arte Moderna de São Paulo, Casa França-Brasil, no Rio de Janeiro, Estação Pinacoteca, São Paulo, Centro Universitário Maria Antonia, Museu da Cidade, Instituto Tomie Ohtake, Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro, entre outros. Participou de 8 edições da Bienal Internacional de São Paulo desde a década de 60, além da II Bienal de Arte Contemporânea de Moscou em 2007 e, no mesmo ano, do Encuentro entre dos Mares: Bienal São Paulo-Valência na Espanha. Participou ainda da SCAPE 2008, Christchurch Biennal of Art in Public Space, New Zealand (2008) e da 5ª Bienal do Mercosul em Porto Alegre (2005). Possui obras em coleções públicas e particulares, como Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea da USP, Pinacoteca do Estado de São Paulo, MoMA – Museum of Modern Art (Nova York), Museum of Fine Arts (Houston), Instituto Inhotim entre outras. Realizou obras permanentes na cidade de Laguna, em Porto Alegre e em Paris.